segunda-feira, 23 de março de 2009

Poema MULATA EXPORTAÇÃO de Elisa Lucinda

“Mas que nega linda
E de olho verde ainda
Olho de veneno e açúcar
!Vem nega, vem ser minha desculpa
Vem que aqui dentro ainda te cabe
Vem ser meu álibi, minha bela conduta
Vem, nega exportação, vem meu pão de açúcar!
(Monto casa procê mas ninguém pode saber, entendeu meu dendê?)
Minha tonteira minha história contundida
Minha memória confundida, meu futebol, entendeu meu gelol?
Rebola bem meu bem-querer, sou seu improviso, seu karaoquê;
Vem nega, sem eu ter que fazer nada.
Vem sem ter que me mexer
Em mim tu esqueces tarefas, favelas, senzalas, nada mais vai doer.
Sinto cheiro docê, meu maculelê, vem nega, me ama, me colore
Vem ser meu folclore, vem ser minha tese sobre nego malê.
Vem, nega, vem me arrasar, depois te levo pra gente sambar.”
Imaginem: Ouvi tudo isso sem calma e sem dor.
Já preso esse ex-feitor, eu disse: “Seu delegado...”
E o delegado piscou.
Falei com o juiz, o juiz se insinuou e decretou pequena penacom cela especial por ser esse branco intelectual...
Eu disse: “Seu Juiz, não adianta! Opressão, Barbaridade, Genocídionada disso se cura trepando com uma escura!”
Ó minha máxima lei, deixai de asneira
Não vai ser um branco mal resolvidoque vai libertar uma negra:
Esse branco ardido está fadado
porque não é com lábia de pseudo-oprimidoque vai aliviar seu passado.
Olha aqui meu senhor:Eu me lembro da senzala
e tu te lembras da Casa-Grandee vamos juntos escrever sinceramente outra história
Digo, repito e não minto:Vamos passar essa verdade a limpo
porque não é dançando sambaque eu te redimo ou te acredito:Vê se te afasta, não invista, não insista!Meu nojo!Meu engodo cultural!Minha lavagem de lata!
Porque deixar de ser racista, meu amor,não é comer uma mulata!
(Da série “Brasil, meu espartilho”)

Mulher e Mídia

O monitoramento, a busca de diálogo e a ação pública de controle social da mídia é uma forma de luta feminista que ganha força e visibilidade com a realização do Seminário O Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia, aberto ontem (12), em São Paulo, e promovido pela Articulação Mulher e Mídia, com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. As participantes iniciam o debate de hoje (13) a partir da apresentação do cenário da mídia no Brasil e da exposição dos vários aspectos de representação da mulher na mídia. Ampliar o diálogo no movimento de mulheres sobre democratização da informação nos remete a outras visões sobre essa imagem, para além da cotidiana objetificação de nossos corpos em cartazes nas ruas, em espaços da TV e na Internet. O modo e os objetivos vinculados à forma como são noticiadas nossas ações como movimento também é parte do que problema 'imagem da mulher na mídia'. A nossa ausência dos noticiários como sujeito político também constrói a 'imagem' que buscamos enfrentar com nossa ação política feminista. Além das propagandas de cerveja onde uma mulher é transformada em mercadoria, enfrentamos também a 'não imagem' das mulheres como sujeito político, como movimento autônomo que luta pela transformação da vida de nós mulheres, transformando o mundo e transformando a nós mesmas. Quando o movimento feminista monitora a mídia atua contra a hegemonia da exploração e da opressão das mulheres cotidianamente reiterada pela publicidade que joga com uma 'liberdade de consumo'. Acontece que na sociedade de consumo o consumidor também é consumido. E quando se trata de consumidoras existe também o reforço ao patriarcado capitalista. Somos transformadas em mercadoria não só para o rol dos produtos da sociedade de consumo, mas porque assim também se reforçam relações de poder. E alterar relações de poder é o que queremos no enfrentamento das 'baixarias' na mídia e quando afirmamos direitos, reivindicando mais cidadania para as mulheres. Alterar relações de poder entre mulheres e homens começa também na denúncia dos esquemas que envolvem parlamentares detentores de concessões públicas de rádio e televisão. Diante da falta de controle social das concessões, que tipo de ação deveríamos realizar? Que imagens temos conseguido projetar na mídia quando fazemos nossas manifestações públicas e outras ações? Quanto de subversão temos levado ao cotidiano e em nossas performances nas ruas como movimento social? Possivelmente estas e outras questões estarão em nossas mentes durante o seminário.

A Menina, o Bispo e o Congresso Nacional

Por cerca de 10 dias, no centro do debate público no Brasil esteve a defesa da menina de 9 anos do município de Alagoinha (PE), contra as acusações do bispo Dom José Cardoso. A notícia da absurda tentativa de tolher um direito e constranger a ação do Estado correu o mundo. O presidente Lula posicionou-se, o Papa também. Médicos, jornalistas, juristas, sacerdotes, teólogas, muita gente engajou-se na discussão sobre as questões éticas que envolvem a prática do aborto, confrontando posições obscurantistas, fundamentalistas e conservadoras sobre a questão. Até um cordel foi escrito sobre o caso. Outras tantas pessoas, profundamente tocadas pelo caso, simplesmente solidarizaram-se com a menina e sua mãe. Também uma atitude política. Mas, no Congresso Nacional, o que assistimos estes dias foi a realização de um seminário reunindo os auto-denominados “legisladores e governantes pela Vida”. São os mesmos que integram as três frentes parlamentares contra a prática do aborto no Congresso Nacional e que tentam instalar uma CPI sobre a questão, a “CPI da Fogueira”, como nós feministas a estamos chamando.
Sim, porque seu caráter inquisitor é fortemente anunciado por seus defensores, que mantém no Congresso projetos de lei como o do cadastramento obrigatório de gestantes nos serviços de saúde, para controlar se alguma mulher interrompe ou não a gravidez. Estes senhores parlamentares pretendem promover a perseguição, execração pública e prisão de mulheres que fizeram aborto e daqueles/as que as auxiliam. Isto significa fortalecer a criminalização das mulheres e das lutas feministas. Eles insistem na instalação desta CPI, cuja instalação depende em ultima instância dos partidos e seus parlamentares. Espera-se das direções partidárias e suas bancadas parlamentares, que a atuação da hierarquia da Igreja Católica neste episódio os recorde do risco da aplicação de dogmas religiosos às políticas públicas. E que o desfecho do caso possa nos dar ainda mais certeza de como é importante garantir a realização de aborto nos serviços públicos de saúde, de modo a garantir o direito de uma mulher poder decidir interromper ou não uma gravidez indesejada.Pela vida das mulheres, vamos legalizar o aborto no Brasil! Esta CPI é inconstitucional!

DEPUTADA NEUSA É ELEITA PRESIDENTE DA COMISSÃO DE MULHERES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

A deputada Neusa Cadore (PT) é a nova presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa da Bahia. A escolha foi feita em votação unânime na manhã desta terça-feira (10). Quem assume a vice-presidência é o deputado João Bonfim (DEM).
A parlamentar ressaltou as ações que a Comissão vem realizando de forma coletiva com toda a bancada feminina e convocou o colegiado para a construção de uma agenda positiva sobre as questões de gênero. “Que a gente possa fazer desse espaço um local de mediação institucional, de diálogo com as diversas instâncias de poder, de amplo debate e formulação de propostas que possam incidir verdadeiramente na vida das mulheres”, frisou Neusa.
Ela destacou ainda a atenção dada pelo governo Lula às mulheres, afirmando que isso vem se traduzindo em importantes políticas públicas, e parabenizou a Superintendência Estadual de Políticas para as Mulheres pela realização do "Março Mulher". O projeto visa incentivar a participação feminina em cargos de decisão.
Durante os dois anos de atuação no legislativo, a deputada Neusa Cadore vem encampando bandeiras como o empoderamento social das mulheres para uma maior ocupação nos espaços de poder, o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher, a luta contra o preconceito de classe e as desigualdades sociais.

sábado, 21 de março de 2009

1 FEIJOADA AMA CRUZ DAS ALMAS - Parte II







1 FEIJOADA AMA CRUZ DAS ALMAS - Parte I









AMA CRUZ DAS ALMAS SE FAZ PRESENTE NO ARRASTÃO ATRAS DO TRIO 2009

O Vereador Osvaldo da Paz e a Cordenadora da AMA Carmen
Lorival e a Coordenadora da AMA Carmen

A Coordenadora da Bilbioteca Municipal Sra Selma, o Vereador / Presidente da Câmara Osvaldo da Paz e a Coordenadora da AMA Sra Carmen Oliviera
A Coordenadora Sra Carmen e Sra Cecília

No 5* Arrastão atras do trio no dia 1* de Janeiro de 2009, foram firmadas parcerias com todos os setores da sociedade civil, onde estavam lá o Sr Vereador e Presidente da Câmara de Vereadores Osvaldo da Paz e a Coordenadora da AMA Sra Carmen onde a associação teve visibilidade junto a sociedade.







Olá para todas e todos.

Sejam bem vindas, ao blog da Associação de Mulheres Amigas de Cruz das Almas, a AMA Cruz das Almas, que nasce com um desejo de valorizar a mulher em todos os aspectos da sociedade, não desprezando as questões da sociedade em geral. Tambem vem com uma finalidade de representar juridica e juducualmente os interesses das mulheres de Cruz das Almas/BA.


SEJAM TOD@S BEM VIND@S